terça-feira, 29 de junho de 2010

Anseios

Anseios Evaldo Cavalcanti
Quero a paz da roça
A calma do campo
Não quero pranto
Quero o som da cachoeira
A caída da corredeira,
Quero os pés no chão
O pensamento adiante
Quero o depois o agora o antes,
Quero alegria de infância
Quero flor de laranjeira
A palavra que semeia,
Não quero só um pedaço
Eu quero o inteiro do melaço,
Quero o eterno ir
Quero o que me fortalece
Não o mal que desvanece,
Quero ser eterno mutante
O mistério que fascina
Lua estrela matutina,
O silencio da mata
A imensidão que desata
O enigma do universo
A grandeza do verso,
Quero ser do começo o meio
E do inicio o fim
Quero ser o quer for
Quero o ser assim!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Poema de silencio

Poema de Silencio (Evaldo Cavalcanti) junho 2010 São Pedro
O silencio é uma prece
O silencio que se aprece
O silencio que é um apreço
O silencio não tem preço,
A paz que há no silencio
A alma que silencia
O silencio que acalma
A alma reverencia,
O silencio da mata
O silencio da calma
O silencio da noite
O silencio da alma,
O silencio da lua
O silencio da rua
As palavras silenciam
Toda forma crua,
O silencio traz paz
O silencio rapaz
O silencio satisfaz
O silencio que traz,
O silencio da vida
O silencio é a medida
O silencio que vai
É o silencio que mais
Silencia a ferida,
O silencio do universo
O silencio esta perto
O silencio de fora
O silencioso deserto,
O silencio não tem cor
O silencio e a dor
O silencio da solidão
É o silencio de imensidão,
O silencio de fora
O silencio de dentro
O silencio devora
O silencioso silencio!!
Psiuuu!

Costumes Brasileiros

E são muitos os costumes do falar brasileiro
Digo isso de propria vivencia
Pois de tanto rodar criei experiencia,
Perguntei ao matuto como dou a volta
E ele me disse faz o arrudeio
Foi assim que entendi o sentido do meio,
Para ele tronxo é torto
Falecido é morto
Namoradeira é rapariga
Boneca de millho é uma espiga,
Aperriar é pertubar
Insultar é arrengar
Apavorado é agoniado
Assustado é assombrado,
Dor na costela é na titela
E dor na coluna é na espinhela
Um monte uma tuia
Uma tigela uma cuia
Uma ruma é bastante
Esbaforido é ofegante,
Um homem valente um cabra macho
Uma bacia aqui é um tacho
Se esta com frescura ta com pantinho
Se é pouquinho aqui é um dedim
Prostituta aqui é quenga
Não esta muito firme aqui é capenga,

Sem dinheiro é estar caído
Nascido aqui é parido
Avechado é apressado
Sem rima é pé quebrado
Vesgo é zanoio
E zóio e olho,
Fazer uma bossa é tirar uma onda
zóuido aqui é a pessoa que sonda
da um chute na perna é uma canelada
estar entojada é estar enjoada
mala aqui é matulão
manguiá e deixar na mão,
da a banguela é não almoçar
da um pum aqui é peidar
correr é dar uma carrera
o gavião paira aqui ele penera
pescoço aqui é cangote
um verso aqui é um mote,
esse é o jeito do meu sertão sertanejo
quem fala certo é o urbano ou o sertanejo?
Não sei, o importante é se comunicar direito
Estou com joão ubaldo e com o ribeiro
Viva o povo Brasileiro!!!!!!!!!!!!!!

cronica de domingo

Crônica
Um simples almoço de domingo (Evaldo Cavalcanti)
O que poderia ter por detrás de uma simples vespinha jataí agarrada um dedo indicador da mão esquerda?
- Era um dia de domingo e com o despertar da alma as janelas dos olhos se abrem deixando entrar a luz no breu dos sonhos dos homens comemorando a vida,o dia que viria nascendo, os pássaros cantando saudando a manhã a chegada da luz,da esperança cantam e voam, voam , voam......Como são felizes por acordar e respirar e enxergam o que aos olhos de seres humanos passam despercebidos.
No telhado de amianto pousa o pardal lindo de plumagem marrom claro com pinceladas de preto nas asas com o peito branquinho meio acinzentado examina o lugar com cautela pousa no fio do varal em busca de comida ou participar do banquete ,pois, naquela época do ano a comida estava cada vez mais rara, então o jeito é se arriscar em outra paragens e compartilhar com os outros sempre com muita cautela pois o perigo é constante,desce ao chão e dando seus pulinhos começa a caminharem direção a panelinha do cachorro que parece não se importar com a presença do intrusos sim porque não esta sozinho veio com a família afinal de contas é domingo! É dia de almoçar com a família;
Se reúnem em torno da bacia de comida deixando um sempre de guarda em cima do varal porque ali também mora uma gata e pardal ou melhor dizendo passarinho e felinos não se dão se suportam mas não se dão então todo cuidado é pouco.
Uma vespinha jataí preta tão pretinha que reluzia azul a luz do sol atraída pelo cheiro do açúcar da caipirinha porque todo almoço de domingo que se preze tem que ter uma caipirinha pousa na boca do copo inesperadamente uma corrente de ar sopra e a derruba dentro do copo e quase se afogando mais ao mesmo tempo gostando se debatendo no liquido quase se afogando em movimentos que sugerem pânico e pedido de socorro por um gesto de caridade ou de sobrevivência, pois, estava em jogo uma caipirinha ponho o dedo indicador esquerdo no copo para salva-la, a vespinha agradecida agarra-se com toda a sua frágil e delicada força como um naufrago ao mar,Cansada exausta de tanto esforço recobra o fôlego e bate suas asas transparentes para se secar e ao terminar alça vôo para fora pela porta da cozinha que esta do meu lado esquerdo lado do coração é nesse momento que quase acredito que é possível conviver pacificamente homem aves animais em harmonia num simples almoço de domingo e nesse momento o cachorro vai em direção ao seu prato de comida todos os pardais voam assim como o meu pensamento e a vida volta ao seu normal um simples almoço de domingo.